PROTESTE exige padrões nutricionais mais rigorosos em alimentos industrializados

A PROTESTE alertou a Associação Brasileira das Indústrias da Alimentação (Abia) sobre discrepâncias nutricionais preocupantes entre alimentos vendidos no Brasil e no exterior, principalmente relacionados ao uso excessivo de aditivos alimentares e ao elevado teor de gorduras, sal e baixa fibra. É essencial assegurar que os produtos industrializados nacionais tenham qualidade e valor nutricional equivalentes aos internacionais.

Para isso, a PROTESTE lançou uma campanha para mobilizar consumidores em pressionar as autoridades brasileiras por uma fiscalização mais rígida dos alimentos comercializados no país. Participe dessa iniciativa e ajude a melhorar a segurança e a qualidade dos produtos que consumimos diariamente.

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Comparações revelam diferenças chocantes em produtos populares

Um exemplo flagrante é o iogurte Activia morango integral. A versão vendida no Brasil contém o dobro de ingredientes e aditivos em comparação à sua similar na Europa. Afinal, por que um iogurte precisa ter 23 componentes distintos?

Outro caso preocupante é o salgadinho Doritos Queijo Nacho. No Brasil, ele apresenta uma quantidade maior de aditivos, incluindo o corante amarelo crepúsculo, que pode causar alergias. Além disso, a gordura saturada na versão brasileira chega a 11,6%, quase cinco vezes mais que os 2,4% da versão belga. Considerando que a base é milho e queijo, mais de 20 ingredientes parecem excessivos para esse produto.

Nem mesmo os sorvetes premium escapam dessa realidade negativa. O Häagen Dazs sabor chocolate belga vendido aqui é o único entre as versões internacionais que declara a presença de gordura trans, um componente associado a riscos à saúde. Isso levanta dúvidas sobre o custo-benefício de pagar caro por esse tipo de sobremesa.

Até a tradicional salada de batata para o churrasco de domingo pode conter ingredientes nocivos quando preparada com maionese Hellmann’s. O Brasil é o único país que permite o uso de antioxidantes como butil hidroxianisol (BHA) e butil hidroxitolueno (BHT) nesses produtos, substâncias cujo impacto à saúde ainda gera controvérsia. Além disso, a versão brasileira da maionese possui 17 ingredientes, quase o dobro das versões belga e italiana.

Outro alimento amplamente consumido, o cereal matinal Corn Flakes produzido no Brasil, apresenta a menor quantidade de fibras em comparação aos mesmos cereais pesquisados em outros países. No pacote, a quantidade de fibras por porção está tão reduzida que a legislação brasileira permite expressá-la como zero.

Alimentos ultraprocessados: o desafio para a saúde pública

Sabe-se que aproximadamente metade da população brasileira está acima do peso, sendo 17,5% obesos, índices alarmantes para a saúde pública. Em resposta, o governo atualizou seu Guia Alimentar para a População Brasileira, destacando a importância de distinguir os tipos de alimentos consumidos:

A maior parte dos alimentos analisados, produzidos por grandes multinacionais, apresenta baixo valor nutricional e é formulada para ser hipercalórica e hiperpalatável, priorizando o sabor ao detrimento da saúde.

É revoltante constatar que nossas versões desses produtos apresentam mais calorias e aditivos porque a legislação brasileira não impõe restrições tão rigorosas quanto as europeias. Essa omissão das autoridades impacta negativamente a saúde da população.

Embora o consumo de ultraprocessados deva ser ocasional, quem optar por eles merece que existam opções menos prejudiciais no mercado, refletindo maior responsabilidade das indústrias e do controle sanitário.

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