Azeite de oliva extravirgem: saiba quais marcas evitar para não perder saúde e dinheiro

Para muitos, o bacalhau regado com azeite de oliva extravirgem é o protagonista das refeições especiais, especialmente na ceia de Natal. Porém, mais importante do que escolher a receita perfeita é garantir a qualidade do azeite que será utilizado. Um estudo aprofundado com 29 marcas de azeite revelou que algumas marcas disponíveis no mercado não são confiáveis, trazendo riscos à sua saúde alimentar e prejudicando o bolso do consumidor.

Entre as irregularidades encontradas, cinco marcas sequer poderiam ser classificadas como azeite, e outras seis estavam equivocadamente rotuladas como extravirgens, quando na verdade são azeites virgens. Isso significa que, além de pagar mais caro por produtos inferiores, o consumidor acaba recebendo menos benefícios nutricionais do que esperava.

Identificando os azeites enganosos: quais marcas não confiar

É importante anotar exatamente quais são os azeites considerados irregulares: Borgel, Do Chefe, Lisboa, Malaguenza e Tradição Brasileira. As análises indicaram que esses produtos se enquadram como azeites lampantes, ou seja, azeites com acidez muito elevada e odor desagradável, usados normalmente para fins industriais e não recomendados para consumo.

Essa descoberta foi resultado de testes realizados em laboratórios internacionais reconhecidos pelo Ministério da Agricultura e pelo Conselho Oleícola Internacional (COI). Para detectar possíveis fraudes, foram avaliados parâmetros físico-químicos essenciais, como a quantidade de ceras, a composição de ácidos graxos e esteróis, capazes de revelar a adição não autorizada de outros óleos vegetais.

Além dos testes laboratoriais, análises sensoriais em painéis internacionais foram fundamentais para identificar as qualidades olfativas e gustativas destes azeites. Especialistas no assunto confirmaram que as marcas mencionadas não possuem características que definam o azeite extravirgem, e que marcas como Beirão, Broto Legal, La Española, Mondegão, Serrata e Tordesilha deveriam ser classificadas como azeites virgens, e não extravirgens, como anunciam.

Produção e envasamento: fique atento à origem e informação correta

Outro ponto relevante é a origem e o envasamento desses produtos. Das marcas reprovadas, quatro são envasadas no Brasil (Lisboa, Malaguenza, Tordesilhas e Tradição Brasileira), enquanto as demais são embaladas em seus países de origem. A marca Do Chefe, inclusive, não apresenta informações claras sobre o local de envase.

Todos os laboratórios envolvidos mantiveram sigilo quanto à identidade para assegurar a independência dos testes. Além disso, os resultados foram encaminhados aos fabricantes, que receberam detalhes da metodologia aplicada. As autoridades de proteção ao consumidor e órgãos reguladores também foram notificadas para que adotem as medidas cabíveis quanto às fraudes detectadas.

Como evitar fraudes e garantir qualidade ao comprar azeite extravirgem

Para não errar na escolha do azeite, o consumidor pode consultar comparadores confiáveis que oferecem avaliações detalhadas de diversas marcas, destacando quais garantem autenticidade e qualidade. Verificar certificações, rótulos que indicam origem e informações sensoriais também ajuda a assegurar que o produto adquirido seja realmente o que promete.

Vale lembrar que, mesmo que alguma marca usada em sua ceia tenha sido reprovada, ainda é possível agir. Basta entrar em contato com serviços de defesa do consumidor para receber orientações sobre como proceder diante de produtos fraudulentos. Assim, você protege seus direitos e ajuda a evitar que outras pessoas sejam enganadas.

Dicas essenciais para escolher um azeite de oliva extravirgem legítimo

Entenda o impacto das fraudes em azeites extravirgens no seu consumo

Além de enganar financeiramente, a comercialização de azeites misturados com outros óleos vegetais reduz significativamente os benefícios antioxidantes, anti-inflamatórios e cardiovascularmente saudáveis que o azeite extravirgem oferece. Consumir produtos adulterados pode resultar em uma dieta com menor qualidade nutricional e comprometer a saúde a longo prazo.

Por isso, identificar produtos que atendem aos rigorosos padrões de pureza e qualidade deve ser prioridade, principalmente em datas comemorativas, quando a procura pelo azeite aumenta e a chance de encontrar fraudes no mercado cresce.

O que fazer caso compre um azeite reprovado?

Se você suspeita que o azeite adquirido está abaixo do padrão anunciado, a recomendação é monitorar a qualidade do produto e entrar em contato com órgãos de defesa do consumidor. Registrar reclamações e solicitar esclarecimentos da fabricante pode ajudar a fortalecer a fiscalização e impedir que produtos fraudulentos continuem circulando no mercado.

Lembre-se: seu direito como consumidor é fundamental para garantir segurança alimentar para toda a população. O combate às fraudes no segmento de azeites contribui para um mercado mais justo e transparente, beneficiando consumidores conscientes.

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